Depoimentos de filhos envolvem Flordelis em trama de asssassinato

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Depoimentos de filhos envolvem Flordelis em trama de asssassinato

Pastor Anderson e Flordelis

Segundo reportagem do Jornal O Globo, depoimento de filhos de Flordelis a polícia revelam trama de envenenamento, plano de morte e desavenças familiares.

O inquérito, ao qual O GLOBO teve acesso com exclusividade, mostra que pelo menos cinco filhos do casal — que tinha 55, a maioria adotivos — deram depoimentos que comprometem a mãe. O mais contundente foi o do vereador de São Gonçalo Wagner Pimenta, conhecido como Misael , que chamou Flordelis de “mentora intelectual” do crime. Foi ele que deu pistas sobre um dos pontos mais obscuros da investigação: o paradeiro do celular da vítima, que nunca foi entregue à Delegacia de Homicídios de Niterói e São Gonçalo. Misael garante que a própria deputada — ao contrário da versão que Flordelis apresentou a investigadores — contou a ele que quebrou o aparelho e o jogou da Ponte Rio-Niterói.

O destino do celular, de acordo com um depoimento que Misael prestou em 24 de junho, teria sido revelado durante uma visita que ele fez a Flordelis na casa da família em Pendotiba, Niterói, onde Anderson foi morto com vários tiros ao voltar de um passeio com a mulher pela Zona Sul do Rio. Ele afirmou que os dois estavam num quarto quando a mãe teria escrito num pedaço de papel: “Nós quebramos o celular do Niel ( apelido de Anderson ) e jogamos na Ponte Rio-Niterói”. O papel com a anotação, segundo o vereador, foi visto pela mulher dele, Luana, e por um de seus irmãos, Daniel dos Santos. Antes, o telefone teria passado pelas mãos do motorista de Flordelis, Márcio da Costa Paulo, conhecido como Buba.

Sobre o celular, há ainda o relato de outro filho, Luan. Ele disse que presenciou o momento em que Buba teria entregado o aparelho a Flordelis. Logo em seguida, segundo ele, o filho biológico da deputada, Adriano de Souza, tomou o aparelho da mãe. Flordelis teria pedido então que ele apagasse “aquilo que tá lá”. Pela versão, a mulher de Adriano a alertou para o risco de policiais descobrirem que algo havia sido deletado. Para Misael, Flordelis foi a “mentora intelectual” do crime porque manipulou os filhos para que cometessem o assassinato. O motivo seria financeiro. O filho biológico de Flordelis, Flávio dos Santos Rodrigues, foi detido durante o enterro de Anderson. Ele confessou ter feito seis disparos. Lucas Cézar dos Santos, filho adotivo, também foi preso, suspeito de ter comprado a pistola usada no assassinato. A arma estava no quarto de Flávio e, segundo a perícia, tinha um pelo dele preso ao cano.

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