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Imunizante inédito é destinado a pessoas com idade entre 4 e 60 anos independente de exposição prévia a vírus; Brasil é o primeiro país da América Latina a aprovar QDENGA.
O combate à Dengue deve ganhar, em breve, uma forte aliada no Brasil. É que, após aprovação pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), a população poderá contar com uma inédita vacina preventiva: QDENGA. O imunizante é destinado a pessoas com idade entre 4 e 60 anos, independente de exposição prévia ao vírus, ou seja, mesmo que nunca tenham contraído Dengue, o que é uma novidade. Esta é a primeira aprovação de QDENGA na América Latina.
De acordo com informações do Ministério da Saúde, a vacina da Takeda Pharma Ltda teve eficácia global para todos os quatro sorotipos da dengue de 80,2%, isto é, contabilizando todos os casos de dengue identificados. Os testes para confirmar a eficácia e a segurança da QDENGA foram realizados em 28 mil crianças e adultos, e incluíram o monitoramento de dados clínicos dos voluntários por quatro anos e meio, sem riscos de segurança importantes, segundo informações repassadas pela assessoria de imprensa da líder biofarmacêutica global Japonesa, Takeda.
A concessão do registro pela ANVISA permite a comercialização do produto no Brasil. No entanto, a QDENGA ainda não está disponível no país. A previsão é que o imunizante, que deve ser administrado por via subcutânea em duas doses, chegue aos laboratórios particulares no 2º semestre. O Ministério da saúde também anunciou que estuda incorporar a vacina ao Sistema único de Saúde (SUS), o que deve ocorrer após avaliação da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde.
O infectologista Jordan Barros classifica a dengue como uma doença perigosa e ressalta que casos convencionais costumam ser bastante sintomáticos. O especialista chama atenção para a Febre Hemorrágica da Dengue que, segundo ele, apresenta uma alta taxa de mortalidade e explica que isso se deve ao fato de a doença provocar “um intenso quadro inflamatório, seguido de um consumo elevado das plaquetas presentes no sangue, o que, comumente, gera um quadro hemorrágico grave”, disse.
Existem quatro sorotipos do vírus da Dengue (DENV1, DENV2, DENV3 e DENV4) e, segundo Barros, quando o paciente é infectado por sorotipos diferentes em dois eventos distintos, a doença costuma apresentar um quadro grave. Ao lembrar que em 2022 o Brasil registrou recorde histórico de óbitos por Dengue, com cerca de 1.000 ocorrências, o infectologista Jordan Barros se mostra otimista com a chegada da QDENGA que, em seu ponto de vista, deve contribuir bastante para reduzir hospitalizações e mortes, em especial, em regiões como o Distrito Federal, que são endêmicas para a doença. O especialista, porém, ainda não vislumbra o fim das epidemias de Dengue, considerando que a taxa de eficácia dos imunizantes não atinge a marca de 100%,“ou seja, nesse contexto, alguns pacientes ainda apresentarão o quadro sintomático da doença” afirma Barros.
José Manuel Caamaño, presidente da Takeda no Brasil, se mostra entusiasmado com a QDENGA e afirma que, com base nos estudos, o imunizante terá impacto positivo na incidência de dengue sintomática no país, incluindo casos de dengue que requerem hospitalização. A dengue é uma doença viral transmitida pelo mosquito Aedes Aegypti e representa uma ameaça significativa à saúde pública para metade da população mundial, com risco de infecção em mais de 125 países, incluindo muitos na América Latina.
Por Walkiria Rius
2 Comentários
Q boa notícia! Amei a novidade!!
Viva a Ciência 👏🏽👏🏽👏🏽